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CRISTINA VIEIRA
( BRASIL - MINAS GERAIS)
Nascida em Ponte Nova, Minas Gerais, Cristina Vieira é poeta, escritora, empresária e profissional de Comunicação Social (Relações Públicas e Jornalista).
Autora de dois livros de poesia: “Meu Circo”, 1984, e “Caixa de Estrelas”, 1986, ela também participou de três coletâneas de poesias: “Livro da Tribo” (Editora da Tribo, 1995), “Encontro” (Acesita Energética, 1984) e “A Poesia Bate à Sua Porta”, (Escola Técnica Federal de Minas Gerais, em data).
Em setembro de 2024, Cristina lançou o seu primeiro livro infantil, “O Elefantinho Colorido”, na Academia Boy Tech Ponteio. Além disso, Cristina escreve contos, peças de teatro e outros textos.
A escritora também tem três cursos on-line assinados por ela e publicados pela Udemy: “Redação Estratégica Empresarial” (o melhor da Categoria, publicado pela Udemy); “Redação Estratégica & Copywriting” e “Excelência do Atendimento ao Cliente”.
No final de 2022, Cristina criou o “Blog da Cris”, no qual publica textos de sua autoria e entrevista personalidades do mundo da arte e da cultura.
Blog: https: //retreinamento.com.br/blogs-da-cris/
Instagram: crisvieira.treinamento; crisviera-cvs
cristinac3,ret@gmail.com
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CENA POÉTICA 10 — poesia & prosa. Belo Horizonte, MG: RS Edições e Baroni Edições, 2024. 216 p.
Exemplar da biblioteca de Salomão Sousa
Veste
Ah, grande bem,
Grande norte,
Grande amém.
Dorme sobre mim
A paz abençoada.
Acorde as montanhas,
Acorde as águas,
As marés
E os dilúvios.
Desperte em mim
A fúria da natureza,
Porque sou idolatrada.
Sou pai e mãe.
Sou Ave,
Maria.
Sou cordilheira,
Sou mulher...
Imperfeito
Vem de longe esse jeito intrépido,
essa teimosia,
essa vontade altaneira
de erguer os braços e se sentir vitorioso.
É de muito esse seu jeito doce,
e o coração aflito,
de lutar até não ter mais como
e permanecer quando tudo já se foi.
Isso lembra o valor da persistência,
mas não o torne herói,
apenas homem.
E ser homem é o que torna mais admirável,
pois a matéria-prima é da maior espécie,
como seus olhos cor de terra e trabalho.
Era uma vez
E era só questão de retórica.
E era só questão metafórica.
Em dias quentes de reboliço e vinho.
Em dias de carne, churrasco e carnaval.
E era só questão de se dizer
E prometer renovar a certeza.
Fazer brotar nas árvores os frutos prometidos
E distribuir beijos aos amigos.
E era só uma ideia amiga:
Que a vida vale o fio de esperança,
E os filhos são traços da existência.
Depois daquela vez que sonhei,
Eu não escondo mais os desejos.
E era uma vez
Por pura delicadeza:
Deu jaca no pé de jaca,
Deu couve no pé de couve
E um nó na minha cabeça.
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Página publicada em dezembro de 2025.
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